Cães, gatos,cobras e lagartos. Pode?

Quem tem um animal de estimação sabe o prazer – e o trabalho – que isso envolve. Entre os que não têm, há os que odeiam e os que apreciam. Como reflexo da pandemia, manter um pet virou moda nos condomínios, o que trouxe importantes mudanças no comportamento social. Os bichinhos passaram a contar com áreas exclusivas nos empreendimentos mais recentes — e também nos mais antigo que foram adaptados — como o petcare e o petplace, voltadas à higiene e à atividade física. Para manter relações saudáveis – entre condôminos e entre os próprios pets – é fundamental cuidar adequadamente dos animais nas unidades e nas áreas comuns, evitando problemas como barulho excessivo, comportamento agressivo ou sujeira espalhada pelo condomínio.

Os condomínios devem manter um cadastro atualizado dos animais de estimação e distribuir uma cartilha com orientações aos tutores. Também é recomendável promover palestras com especialistas — como adestradores, veterinários e outros profissionais — que ofereçam dicas sobre cuidados e medidas para melhorar a convivência entre moradores e animais de diferentes raças e portes.
Inicialmente, mantenha seu pet vacinado, bem alimentado e hidratado. Evite deixá-lo sozinho por longos períodos, especialmente à noite. Nessas situações, é comum que o animal tente chamar atenção com latidos ou miados, o que pode atrapalhar o descanso dos vizinhos.

Ao circular com seu pet entre o apartamento e o térreo, mantenha-o no colo ou na guia, sempre sob controle. Se for de maior porte, o uso de focinheira pode ser necessário. Utilize apenas as áreas indicadas para passeios e brincadeiras, e recolha as fezes com sacos plásticos.
No elevador, redobre a atenção. Mantenha o animal no colo ou na guia para não incomodar os demais ocupantes. Como medida de segurança, evite deixar a guia solta, pois ela pode ficar presa na porta durante o fechamento.
Tenha sempre, dentro do apartamento, um espaço reservado para que o pet faça suas necessidades. Isso evita que ele se descontrole e suje o elevador ou outras áreas comuns. Caso ocorra algum acidente, providencie a limpeza imediatamente.
Cães e gatos são os animais mais comuns nos condomínios, mas há relatos de moradores que criam espécies exóticas — algumas até perigosas — como cobras e lagartos. Nesses casos, é obrigatório apresentar ao condomínio a documentação emitida por órgão ambiental competente. O animal deve ter nota fiscal, registro de origem e o tutor deve garantir que ele não representa risco à segurança, saúde ou tranquilidade dos vizinhos.

Anos atrás, houve um caso inusitado em um condomínio de luxo na Marginal Pinheiros, em São Paulo, localizado em um complexo que inclui um dos shoppings mais caros da cidade. Um comunicado aos condôminos informava que, em uma das torres — onde moram artistas, esportistas e empresários bem-sucedidos – havia desaparecido uma jiboia de estimação, com 1,5 metro de comprimento. O dono suspeitava que ela havia escapado pelo vaso sanitário. Para acalmar os moradores, o síndico fez questão de esclarecer que a jiboia não era peçonhenta. Não há registro de que o animal tenha sido localizado.

Edição 244

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