A busca e a fuga de Deus

Stephen Hawking, notável físico e cosmólogo britânico, discorda do ateu Richard Dawkins quando este afirma que o Darwinismo possui a resposta final para todos os “porquês” da vida. Hawking diz: “A abordagem comum da ciência da construção de um modelo matemático é incapaz de responder a pergunta: “Por que existe o Universo? Por que o Universo se dá o trabalho de existir?”

A primeira pergunta do Catecismo: “Qual é o fim principal do homem?” “É glorificar a Deus e gozá-lo para sempre”. O propósito de Deus ao criar o Universo era satisfazer sua vontade de criar beleza e perfeição nas suas obras através do seu amor e poder; e a seguir criar o homem à Sua imagem e semelhança no intelecto e na vontade, diferente dos animais, para ser glorificado por ele quando extasiado por tudo que via, ouvia, saboreava, cheirava e tocava. O Deus pessoal que se comunicava diariamente com Adão e Eva no Paraíso, deseja hoje, também, a nossa adoração, o nosso amor e a nossa amizade, nos retribuindo do seu Trono da Graça amor, paz e alegria.

A busca está no prazer. No Salmo 131, Davi revela que fez calar e sossegar a sua alma como uma criança desmamada que se aquieta nos braços da mãe, não por causa do alimento, porém pelo prazer do aconchego; assim, ele declara ser a sua alma na busca de Deus. Na rebeldia do homem contra Deus ele perde a felicidade de ser, e o seu vazio existencial jamais é preenchido. A fuga de Deus está na ausência da Graça. A perda da fé no invisível produz o vazio da alma e os visíveis “bezerros de ouro” da razão nunca hão de saciar a fome de carinho e proteção do ser humano.

Só nos braços de Deus há repouso e paz. A fuga da justiça divina faz o homem natural criar um deus diluído que derrama parte de sua essência em todas as coisas que criou, incluindo o homem. Sendo assim, conforme os panteístas a natureza é deus, o homem é deus, e não precisamos ir ao templo para adorar a Deus, podemos, por exemplo, numa floresta nos curvar diante da “Mãe Terra” e fazer a nossa prece. Destruindo a fé no Deus único o homem se julga partícula de Deus e interroga a si mesmo: “Por que preciso de Deus se sou deus também”? O desvio da doutrina revelada leva a pessoa à perdição eterna.

O diretor de cinema, Woody Allen, quando arguido a respeito de sua crença, afirmou: “Se ao menos Deus me desse algum sinal claro, como exemplo, se ele fizesse um grande depósito em meu nome num banco suíço”. Uma das provas que as pessoas exigem para crer em Deus é desafiá-Lo a realizar algum sinal, ou mesmo um milagre, como condição de aceitar Sua existência. Os fariseus, religiosos da época em que Jesus esteve na terra, assistiram de perto os seus milagres e, mesmo assim, pediam, com frequência, mais sinais e maravilhas para que crescem ser Ele o Messias. Por isso Jesus afirmou que a nossa fé é menor que um pequenino grão de mostarda.

A escola da razão ensina que é preciso “ver para crer”, porém, a escola da fé diz que o básico, primeiramente, é “crer para ver”. A fé pautada no visível se dissipa quando a riqueza aparente se acaba, mas no invisível a fé crê na promessa de Deus de nos dar “o pão nosso de cada dia” e de nos livrar do mal. “Pela fé entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir do invisível”. Hebreus 11:3. Crer de modo literal no relato de Gênesis da origem do Universo, nos faz não ter mais dúvidas em tudo o mais que a Bíblia relata. Ateístas se permitem nivelar Deus à sua finita capacidade de realizar, não podendo aceitar que exista um Todo-Poderoso Ser que não precisa esperar bilhões de anos de evolução para ver sua obra acabada.

Num simples ato de vontade fez o Deus Onipotente, do nada, os céus e a terra; e no desejo de apreciar a beleza e a perfeição das suas obras, disse: “Haja luz” e todas as estrelas se acenderam no firmamento. A miríade de estrelas cintilantes que encantou os olhos de Adão e Eva no Jardim do Éden é o mesmo céu estrelado de hoje que tanto nos encanta. A vida do homem na terra desde a Criação é de aproximadamente 10.000 anos. Se fosse necessário esperar, através da velocidade da luz por bilhões de anos, os seus olhos nunca veriam o brilho das estrelas. “Nas estrelas vejo a Sua Mão e no vento ouço a Sua Voz. Deus domina sobre terra, céu e mar. Tudo Ele é pra mim”.

Edição 244

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