quarta-feira, 1 maio, 2024
O desafio da inclusão escolar

Quando pensamos em inclusão, o primeiro desafio é que, embora vários alunos tenham o mesmo diagnóstico, cada aluno é um e tem suas características (potencialidades, habilidades e limitações) únicas. Tem sido cada vez mais discutido, em vários países, a inclusão dos alunos não apenas com necessidades especiais, mas também necessidades educacionais diferenciadas, como o TDAH e a Dislexia (Transtorno Específico da Aprendizagem com prejuízo na Leitura).
Educação Especial é a modalidade de educação oferecida preferencialmente na rede regular de ensino para educandos com quaisquer deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades (superdotação). Ou seja, quando necessário, deveria haver serviço especializado na escola regular e em escolas e serviços especializados.
De acordo com a LDB (de 1996, mas que já sofreu algumas alterações ao longo dos anos), salienta-se o direito popular à educação e os deveres do Estado em relação ao ensino público que estabelece igualdade, liberdade, pluralismo entre outras coisas. Cabe à escola utilizar seus saberes para desenvolver um processo educativo baseado na interação e na diversidade.
Quando falamos na educação especial, em garantir direito de estudo a todos, em atender necessidades educacionais especiais, estamos falando de: adaptação de currículo, utilização de métodos, técnicas e recursos educativos e organizações específicas para atender às necessidades de todos os alunos. Isso inclui a formação de profissionais especializados para esse atendimento educacional, capacitados para integrar os alunos que tem necessidades especiais em classes comuns, visando sua efetiva integração na vida e na sociedade. A inclusão faz-se urgente. Precisamos extinguir o quanto antes práticas educacionais homogêneas e inflexíveis. E, para isso, é preciso a comunicação e o empenho de toda a nossa sociedade.

Luciana Garcia de Lima é psicoterapeuta cognitivo-comportamental (UMC e ITC), com formação em Terapia ABA (Gradual) especialista em Psicopedagogia (PUC-SP), Neuropsicologia e Reabilitação Neuropsicológica (HC-FM-USP) e Avaliação Psicológica (IPOG). Especializanda em Neurologia Clínica e Intensiva (Einstein). Mestre em Semiótica, Tecnologia da Informação e Educação (UBC). Doutoranda em Neurologia Infantil (HC-FM-USP). Atua em grupo de pesquisa em Neuropediatria voltado para TDAH e Autismo (HC-FM-USP) e é autora dos livros “A negação da Infância” e “Autismo: práticas e intervenções.“ (www.clinicassinapses.com.br).

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